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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Os peixes e suas adaptações para a vida

O processo de evolução dos seres vivos é diretamente influenciado pelo ambiente no qual a vida se dá. Devido a enorme gama de condições e ambientes que o planeta Terra fornece, temos este grande plantel de espécies adaptadas.
Ao compararmos diversas espécies de peixes, notamos que suas características, mais grosseiramente, as externas, são bastante variadas. Existem diversos formatos de nadadeiras e até de corpo, que de alguma forma, trazem alguma vantagem adaptativa a esses animais.





Figura 1: Bicuda




Figura 2: Linguado
 










Ao tomarmos como exemplo a Bicuda, Boulengerella spp, notamos seu formato longilíneo e de pouca largura, o que garante um nado veloz, o que permite a esta espécie habitar regiões de águas calmas e até rápidas, sendo que na segunda, as presas são carregadas e não conseguem se localizar muito bem, sendo um ótimo ambiente de caça para esta espécie que também é conhecida pelos saltos quando fisgada! Já o Linguado,Paralichtys brasiliensis, é um peixe muito diferente pelo fato de não apresentar a simetria bilateral, que é uma característica marcante entre os vertebrados! Seu formato de corpo é achatado dorso-ventralmente e que junto de sua coloração, permite que este peixe respouse na areia sendo pouco visível, garantindo uma certa segurança contra a predação e também uma estratégia de ataque contra peixes e crustáceos que se aproximam sem saber o que está ali.
Os peixes apresentam inúmeras adaptações que são maravilhas da evolução do seres vivos. Em breve falaremos de muitas outras.
 Acompanhem!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Ainda sobre os bagres, a tão cobiçada Pirarara!

Um dos bagres de água doce mais cobiçados atualmente na pesca esportiva é a Pirarara! Com seu porte avantajado, pode alcançar os 70 quilos e 1,2 metros de comprimento.

Fig. 1: Pirarara capturada em pesqueiro do interior de São Paulo.

A Pirarara, de nome científico Phractocephalus hemioliopterus, é natural das Bacias do Araguaia/Tocantins e Amazônica, sendo uma espécie amplamente distribuida nos rios da região norte do país.

Fig. 2: Bacias Amazônica e Araguaia/Tocantins, respectivamente, área marcada com estrela e área em vermelho


Como a maior parte dos bagres, a Pirarara possui o hábito de alimentar-se de outros peixes, mas é considerada onívora, atacando crustáceos, frutos e carcaças. Habitam canais e poços de rios, onde ficam a espreita de possíveis vítimas, como piranhas e outros peixes. Também é possível encontrar indivíduos em locais rasos dos rios, as chamadas praias, principalmente ao anoitecer, momento em que as capturas aumentam bastante.

Para capturá-la, aposte em pedaços de peixes, como a cabeça de Traíra e de Piranha. Nos pesqueiros, aposte também nos pedaços de peixe ou até Tilápias vivas de até 1 quilo, iscadas pelo dorso. Eu mesmo já capturei uma Pirarara de 28 quilos utilizando uma Tilápia viva de mais ou menos 1,2 quilos em um pesqueiro do interior de São Paulo.

Devido ao porte, e uma musculatura bastante desenvolvida, as brigas com esse peixe são muito fortes, então necessitamos de equipamentos de pesca pesada, com varas de 70 libras e carretilhas ou molinetes abastecidos com linha 0,80mm para mais.

Se você tiver a oportunidade de pescar esta espécie, prepare-se para uma luta memorável e que o seu corpo vai se lembrar por alguns dias devido ao esforço!

Segue aqui a foto de um amigo pescador, o Márcio Ferreira, que capturou esta bela Pirarara durante uma pescaria noturna em 28/03/2013 no Pesqueiro Castelinho, interior de São Paulo. A isca utilizada foi pedaço de Tuvira. Parabéns Márcio!

Fig. 3: Pirarara fisgada pelo Márcio Ferreira